quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Belo é viver...
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sábado, 2 de janeiro de 2010
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
Águia da Noite
Mostra-me do alto dos ventos da eternidade
O que nas sombras da vida e da morte se esconde
Mostra-me do teu seio a verdade dos mundos e a loucura dos homens
Mostra-me o que eu preciso ver
Mesmo que eu não o queira
Faz-te verdade para mim
Faz-me verdadeiro para ti
Faz-nos, eu e tu, uno em universo, em universal
Em verdade
Em silêncio
.
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sábado, 10 de outubro de 2009
Profecia
Que livres sejam tuas manhãs e infinitos os teus céus
Brilhe em vida, brilhe também em morte
Faz-te perfeição humana
Divina...
Verdade aqui e além do tempo, esse é o meu decreto
Simbólica será tua vida, dolorosa a tua existência,
Mas o amor, esta será tua eterna recompensa
Viva, sozinho, mas viva
E a eternidade a ti pertencerá
Ame sem medo e amado assim, também, o será
O teu amor é teu e, por ser teu, é universo
Em ti e em tudo, teu e da tua verdade
Faz viver e faz feliz e assim a verdade o fará verdadeiro
Faz viver, faz amar, faz com que o seja
E assim será
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sábado, 15 de agosto de 2009
Existir
Encontrei na solidão a minha paz, meu refugio, meu equilíbrio
e no silêncio a minha voz, a voz do meu coração...
Foi em uma viagem por um mundo distante que encontrei o que tão desesperadamente procurava. Encontrei uma criatura que, até então, me era um estranho quase que por completo. Falava de coisas que eu nunca tinha ouvido falar e sabia mais sobre minha vida do que mesmo eu. Pareceu-me interessante, então decidi tentar fazer amizade com esse ser. Fui me aproximando aos poucos e, aos poucos, também foi se aproximando. O início foi meio conflituoso. Pois parecia saber demasiadamente sobre mim. Sabia coisas que nunca havia comentado com ninguém e alguns detalhes muitas vezes constrangedores. Isso me fazia ficar na defensiva. Mas depois aceitei melhor. Fazia-me enxergar tudo o que eu precisava ver, não importando se bom ou ruim, sobre mim e sobre as outras pessoas. Às vezes suas palavras doíam, outras eram o único lugar onde eu encontrava conforto. Encontrava-mo-nos sempre à noite, no astral. O tempo parecia não existir nesses encontros. Ensinou-me coisas muito importantes. Aprendi sobre a vida e sobre as criaturas que dela fazem parte e aprendi, também, a ouvir o meu coração. Meu coração me mostrou que é muito sábio e que carrega a experiência de muitas vidas. Em outros encontros o ser me mostrou a lição do silêncio. Aprendi a ouvi-lo e a falar por ele. Ficava tão entusiasmado com os encontros que a vontade de estar junto fez com que nos comunicássemos até quando desperto. Sentia sua presença cada vez mais perto e cada vez mais junto de mim. Tornamo-nos inseparáveis. Cada decisão, cada novo trecho de caminho era tomado por nós dois. Sofria menos quando fazíamos as escolhas juntos, em concordância. Isso me revigorava na jornada. Deixava-me mais feliz. Hoje temos um bom relacionamento. Raramente brigamos, mas isso às vezes acontece por teimosia minha, ou quando tento lhe enganar de alguma forma.
Foi quando me distanciei do mundo que me encontrei comigo mesmo, absolutamente, no canto onde eu mais temia procurar: dentro de mim.
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- V -
A vida passa correndo no ar
Eu, preso num labirinto de pensamentos
Preso como em uma armadilha,
uma teia de aranha
Onde quanto mais luto,
quanto mais me debato,
mais preso fico
Quantas vidas já vivi nos últimos anos...
Várias foram
Muito tempo, tempo algum, o tempo passa
As coisas mudam, a gente fica, a gente muda
Sorrisos de palavras sinceras e olhos nos olhos
Não dizem nada, agora não mais
A chuva cai dos meus olhos,
mas o sol brilha lá fora
É segredo que não se conta nem para si
São palavras impronunciáveis
Um coração que bate em um peito que sangra
E, olhando através do vidro,
a vida passa correndo...
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- IV -
Dancem no balé de chamas
Sintam o ritmo da terra
Sintam o ritmo do seio da terra
Sintam o gosto da benção da terra mãe...
Bebam do seu liquido de vida
Bebam do seu sopro condensado
Sejam a vida
Sejam o fogo, o ar, a terra e a água
Sejam, apenas...
Encantem com o brilho
Encantem sob a benção da mãe lua
Façam viver a magia
Façam viver o milagre da vida
Façam viver, façam viver...
Dancem por entre as árvores, filhas da Lua
Dancem em volta da fogueira, crianças da noite
Postado por Alisson C. Lisboa às 08:01:00 0 comentários
Quando eu percebi que não existo, apenas sou
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domingo, 12 de julho de 2009
- III -
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quarta-feira, 1 de julho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
É...
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Salve um brilho no olhar!
Salve um brilho no olhar!
Não o deixe se perder no sombrio mundo da indiferença
Sorria para ele
Mergulhe na plenitude, na amplitude sem fim
Mergulhe na alma
Entenda o desespero de um brilho especial
Um brilho de uma alma transportado por um portal mágico chamado olhar
Condenado ao esquecimento
Pelas criaturas que não o reconhecem mais, sequer o olham mais
Um brilho solitário
Buscando um brilho oposto
Que o choque em igualdade
E, com brandura, o faça esquecer-se do vazio
Postado por Alisson C. Lisboa às 20:27:00 1 comentários
Quero para mim...
Algo que de ninguém será em falta
Que a tudo contenha em si
E que, mesmo assim, não seja nada
Divino em essência, profano em aspecto
Que seja perfeito, por ser humano em natureza
Algo que seja completo
Quero para mim
Uma existência singular
Uma com dúvidas e certezas
Falsas ou verdadeiras
Não importa
Diferente da de todas as outras
Assim como são todas as existências
Quero para mim
Um mundo só meu
Montado da minha experiência
Construído à minha forma
Dentro da minha consciência
Quero para mim
Uma vida só minha
Mas que todos, dela, façam parte
Quero um sorriso congelado na memória
Uma vida que vá para a história
História de todos que, dela, se fizeram parte
Quero para mim
Uma música nova para cantar a cada instante
Uma nova novidade
Uma palavra nova, um rosto novo
Um novo significado, com simbolismo impregnado
De tudo que for verdade
Quero para mim
Um Eu, um Você, um Nós
Em uma igualdade perfeita
Igualdade em diferença
Tão relativa quanto variante
Fixa e inconstante
Perfeitamente imperfeita
Quero para mim
Um rosto sem máscaras
Com sorrisos sinceros
E lágrimas verdadeiras
Com palavras no olhar
Com silêncio nos silêncios
Dispensando até mesmo o falar
Quero para mim
Uma voz que diga o que eu penso
Na altura oposta à do meu pensamento
Mas em igual profundidade
Uma voz que diga a verdade
Mesmo que em mentira mascarada
Uma voz de silêncio médio
Quero para mim
Um pensamento de inconstâncias constantes
Que varie a cada instante
E se repita quando necessário
Quero um pensamento silencioso
Que me angustie de ansiedade
Por sua peculiaridade de variar a cada instante
Quero para mim
Alguma coisa que tenha um começo
Mas que mesmo em seu possível fim
Deixe indelével o sentimento de que
Nada acaba por aqui
Postado por Alisson C. Lisboa às 19:46:00 1 comentários
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Filhos da Luz
Nascidos do sol poente
Banhados pela luz da noite escura
Brilhando para a vida que da morte nasce
Enquanto os anjos tocam as trombetas
E se abrem os portões do abismo
A bela face da serpente surge para embalar os seus filhos
Ao som de sua flauta, dormem
E sonham...
Sonham com o dia em que o dia será noite
Que a vida reinará sobre a morte
E a nova Lei se restaurará
Filhos da Luz ergam suas mãos aos céus e de lá apanhem as estrelas!
Bebam o seu brilho e esplendor!
Aprendam o seu poder de brilhar por conta própria!
E brilhem!
Ofusquem os olhos dos despreparados com a sua luminescência!
Tragam a Luz de volta à Terra!
Roubem-na da cortina estrelada do céu!
E façam do hoje a eternidade!
Abençoados pelos Deuses e Demônios!
Filhos do Sol e da Lua!
Nutridos pela Terra!
Batizados no Fogo sem fim!
Crianças da Luz!
Caminhem de mãos dadas e nada lhes será negado!
Não existe criatura na face da Terra, nem no abismo ou nos céus, que possa convosco!
Pois são Crianças da Luz numa Era de Trevas!
93! 1-7; 1-2; 3-25; 1-7; 3-2; 31-8; 6-1; 11-7; 11-8; 11-9 93.93/93
Postado por Alisson C. Lisboa às 21:00:00 0 comentários
Até quando..?
Até quando seremos prisioneiros de nós mesmos? Deixamos de lado a nossa vontade, nossa real vontade, por medo das conseqüências da realização da mesma. Deixamos de fazer o que pensamos ser certo por nos preocuparmos com o que os outros vão pensar. Pode parecer contraditório, mas somos nossos próprios carcereiros numa prisão que nós mesmos criamos ao nosso redor. Às vezes nos damos a desculpa de que isso é normal e aceitamos como se realmente fosse. Acostumamo-nos com essa idéia e seguimos nossa vida, infelizes, pensando mais em como teria sido do que no como será o agora. Perdemos nosso tempo reinventando um passado impossível de ser mudado ou projetando um futuro que não será nosso porque nós mesmos sabotaremos o nosso projeto. Então o que fazer...? O que fazer para mudar isso? A única resposta que posso lhe dar é esta: viva sua vontade! Sua vontade, seu desejo, é o que de mais importante você precisa naquele momento. Não realizá-lo é o mesmo que ficar com fome, sentado a uma mesa repleta de comida, pensando no peso que irá adquirir caso coma essa comida.
Todos temos as ferramentas necessárias para realizar tudo o que queremos. Tudo que sua mente pode cogitar ela também pode conceber. Não limite sua mente e suas ações, deixe-as fluir como um rio, que contorna com suas águas o obstáculo à sua frente e por isso segue em frente, sempre chegando aonde quer.
Todos temos um caminho a seguir. Mas é necessário dar um primeiro passo... Surgirão incontáveis obstáculos colocados por você mesmo à sua frente, para tentá-lo impedir de dar esse passo. Mas a decisão é sua, sempre foi. O que você colocou para lhe impedir, você também tem força para tirar de lá. Comece a andar sem medo e o caminho calçará os seus pés para que os espinhos não o toquem e, naturalmente, o desviará de todas as armadilhas.
Isso é viver! E, se você ignorar isso, estará, novamente, se auto-sabotando.
Postado por Alisson C. Lisboa às 20:44:00 0 comentários
sábado, 17 de janeiro de 2009
Eu...
Não falarei quando minha vontade me pedir para ficar em silêncio. Minhas palavras seriam vazias se assim o fizesse, eu já tentei.
Não omitirei, também, minhas palavras quando elas estiverem nutridas por minha vontade. Por que silêncio se minha vontade for gritar?
Não me preocupo com o tempo, ele é eterno. Estava aqui antes de mim, e depois que me for ele ainda continuará aqui. Não vou limitar-me a ele.
Não deixarei de viver minha vida por um segundo que seja. Eu sou transitório, mas ela continua além do tempo e do espaço. Ela ficará aqui, registrada na minha obra e nos que virão após mim. Ela continuará no ser que se nutrir do meu corpo morto e no que se nutrir do corpo e da obra desse ser.
Não me preocupo com o amanhã, só posso ocupar-me com o hoje, ele já me fornece ocupação suficiente para as suas 24 horas.
Não tenho vergonha de mudar de opinião constantemente, pois não me envergonho de pensar. Acredito que uma pessoa que não muda de opinião nunca, não mostra a força de suas convicções, mas sim a fraqueza de sua mente, como dizia um antigo pensador.
Não acredito na morte como um final e não a temo. Acredito em leis que regem o universo. E acredito que tudo está num processo cíclico, onde o principio e o fim se encontram e se tornam um, não sabendo mais se o começo é um fim, ou se o fim é apenas mais um começo; Como no Ouroborus, onde não se sabe se a cobra está se engolindo ou saindo de dentro de si.
Acredito na magia da vida, na beleza da simplicidade da obra do Criador.
Acredito na evolução da humanidade, ela tem potencial para isso. Vejo Criador como o Todo e cada ser como uma parte do mesmo, assim como uma célula é uma parte de um corpo e carrega em seu interior toda a informação genética desse corpo, dessa forma, todo ser carrega em seu interior o conhecimento divino.
Acredito no poder da mente. Ela transforma milhões de pulsos elétricos enviados por nossos captadores sensoriais no que nós entendemos por realidade, então ela também tem capacidade de modificá-la.
Acredito na existência de mundos e universos paralelos, eles estão em nossas mentes. “Cada homem é um universo”, já dizia outro pensador. Cada ser tem uma forma de enxergar o universo, moldando-o à forma das suas experiências nele.
Acredito estar seguindo o meu caminho, mesmo sem saber para onde vou... Mas deixarei para me ocupar disso quando chegar ao meu destino.
Enquanto isso não acontece...
Aproveito a viagem.
Postado por Alisson C. Lisboa às 18:15:00 0 comentários
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
O silêncio...
O silêncio...
É a palavra não dita
É o segredo não contado
É o vazio no espaço
Que dá lugar ao tudo
É o nada onde tudo está contido
É a não vibração
O não estado
É a coisa não coisa
Do algo no nada algum
É a chuva que acortina
Da montanha o semblante
É a boca que se fecha
No silêncio, um instante
É o grito mudo no escuro
Nas trevas do infinito
Na vontade, limitado
O dito pelo não dito
É a boca que se abre
Para os ouvidos que se fecham
É a voz que diz que fala
Mas que dos ouvidos não se escuta
É o vazio preenchido pelo nada
O nada que origina o tudo
É na música, a pausa
E no falante, o mudo
É a voz dos oprimidos
Dos pobres, dos inocentes
A voz que ecoa no caos
E nesse mundo é impotente
É a vontade suprimida
Na razão não-razão
Na tagarelice da consciência
Postado por Alisson C. Lisboa às 16:21:00 1 comentários
domingo, 27 de abril de 2008
A Escada em Espiral
Andando pela estrada da vida, percebi o caminho por onde andava. Vi que os obstáculos que encontrei nessa jornada eram degraus e que o caminho, na verdade, era uma escada em espiral. Percebi com isso, que por mais que eu pareça estar andando em círculos, sem sair do lugar e que os degraus fiquem cada vez mais difíceis de subir devido o cansaço, a cada passo que dou estou cada vez mais alto. Olhei para baixo e não consegui enxergar a base da escada, estava muito escuro, mas consegui ver outros seres que também estavam subindo e outros que haviam desistido de subir. Porém o que mais me chamou atenção ao olhar para baixo foi ver a dedicação de alguns outros seres (estes iluminados por uma luz misteriosa, muito belas criaturas e que me transmitiram a mais profunda paz pelo simples fato de ter-lhes notado a presença) em ajudar e em tentar revigorar aqueles que haviam desistido de sua jornada. Esses seres não estavam tocando os degraus da escada, eles flutuavam em volta dela com belíssimas asas brancas, e notava-se, muito claramente, que vinham de um plano superior. Esses seres, pelo mérito de terem subido várias escadas muitas e muitas vezes, receberam essas asas. Ao notá-los, olhei e percebi que ao meu lado também existiam muitas dessas criaturas. Eram elas as vozes que me sussurravam aos ouvidos palavras de motivação nos momentos de aflição e dúvida, que me davam sermões quando eu caminhava de forma errada ou quando eu tentava pular um dos degraus da escada, foram elas que me levantaram todas as vezes que eu caí (Nossa! E quantas vezes eu caí...). Ao percebê-los ao meu lado senti-me seguro para caminhar e continuar a subir. Resolvi agora olhar para cima e, assim como quando olhei para baixo, não consegui enxergar o final, o topo, da escada. Ela era realmente muito alta e tinha a aparência de não possuir um fim. Prestando um pouco mais de atenção notei as pessoas e os seres que as acompanhavam nos degraus superiores, e ao olhar mais adiante, mais em direção ao topo, não consegui ver mais nada, apenas Luz. Recomecei minha caminhada. Alguns degraus acima, encontrei com uma pessoa que também estava subindo, mas que possuía alguns ferimentos causados por uma queda e precisava de auxilio para continuar. Ajudei-a e ela passou a caminhar junto a mim enquanto se recuperava. Notei que a subida ficava mais agradável quando feita em companhia de alguém, e os degraus ficavam cada vez menores. Quando ela se recuperou decidimos continuar a seguir juntos. Continuamos subindo. Passamos por muitas pessoas interessantes e portadoras de muito conhecimento. Encontramos também algumas que haviam estagnado, e que nem mesmo os seres de luz conseguiram revigorar.
Em certo momento da subida, a pessoa que me acompanhava na viagem disse que se corpo já estava cansado e que seu espírito precisava de Paz, e desistiu da viagem. De imediato os degraus pareceram ficar bem maiores do que realmente eram e meus passos pareciam muito difíceis de serem dados, mas não desisti da jornada e continuei. Alguns degraus acima, refletindo sobre os passos que dei e os degraus que subi, deparei-me com uma porta. Uma porta muito lustrosa e com figuras angelicais. Pensei: “Finalmente cheguei ao topo da escada”. Continuei a olhar a porta e tentei perceber todos os seus detalhes antes de abri-la. Foi aí que eu consegui ler a inscrição que nela havia. Estava escrito: “Sua Jornada Está Apenas Começando. Aqui começa uma nova escada, sua nova escada. Poderás descansar por um tempo antes de continuar a subir. Depois desta porta encontrarás degraus cada vez mais altos, porém estará cada vez mais perto da Luz”.
Ao terminar de ler, recuei minha mão que já estava na maçaneta da porta, pronta para abri-la. Precisava pensar se deveria ou não abrir a porta, se estava ou não capacitado para subir degraus mais altos. Olhei para mim e percebi que já não era mais o mesmo do início da subida, percebi também que com o constante exercício da subida dos degraus anteriores (menores), tinha capacitado-me para subir os maiores. Minhas pernas, antes fracas, agora estavam muito fortes, já possuía sabedoria suficiente para não cair nas armadilhas que apareciam, ou para tropeçar nos degraus e acabar caindo e tendo que subir tudo novamente. Cheguei à conclusão de que após o descanso, continuaria a caminhar na minha nova escada. Enchi o peito de ar e abri a porta. Tudo virou luz. Meu corpo adormeceu e quando acordei novamente, estava na base de uma escada imensa, em formato espiral e com o topo onde eu só conseguia enxergar Luz. Na base dessa escada tinha uma legenda.
Nela estava escrito: “INÍCIO”.
Dei o primeiro passo e comecei a subir novamente.
Postado por Alisson C. Lisboa às 18:36:00 3 comentários
O Amor...
O Amor.
Como definir um sentimento tão confuso e contraditório?
Sentimento tal, sem sentido algum, mas que justifica e dá significado a existência de todas as outras coisas.
Uma força tão incomensuravelmente poderosa que, até mesmo em seu menor grau de manifestação, faz o mais racional dos seres esquecer completamente a razão e dar voz e ação ao seu espírito.
Força esta que nos faz sentir parte do universo; que serve como uma enorme rede de ligação entre tudo que existe, existiu ou por ventura venha a existir.
Que faz com que a pessoa amada se faça presente, quase que fisicamente, mesmo estando a milhares de quilômetros de distancia.
Incontestavelmente, o bem mais valioso que algum ser pode vir a possuir. Pois até o mais afortunado materialmente, sem o amor, nada possui em verdade. No entanto aquele que amor possui, a tudo tem.
Cristo dizia: Vou lhes mostrar a maneira mais simples de chegar ao Pai. Se vocês fizerem isto, poderão fazer milhares de outras coisas sem ofender a Deus.
Amor. O amor é a Lei. Se vocês amarem estarão cumprindo a Lei divina, mesmo que não estejam cientes disto.
Como a luz ao atravessar o prisma o amor foi dividido dessa forma, certa vez:
“O Amor é paciente...
...é benigno...
...o amor não arde em ciúmes...
...não se ufana nem se ensoberbece...
O amor não se conduz inconvenientemente...
...não procura seus interesses...
...não se exaspera...
...não se ressente do mal...
...não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.”
Paciência. Bondade. Generosidade. Humildade. Delicadeza. Entrega. Tolerância. Inocência. Sinceridade.
O amor é o segredo da vida.
Postado por Alisson C. Lisboa às 17:05:00 0 comentários
segunda-feira, 3 de março de 2008
Pensamentos
Vejo-me num espelho sem reflexo
Enxergo a vida com os olhos fechados
Penso em coisas que não consigo imaginar
Como? Por quê?
No silencio da minha mente
Ouço gritos de agonia
Cercado pelo vazio e suando frio
Esperando um final incerto de um destino imutável
Perdi a única coisa que possuía
A cada segundo que passa o vazio que sinto consome-me por dentro.
Sinto-me incompleto
Uma busca incessante por algo que não sei o que é, nem onde está.
Esta é a minha loucura mais real
Uma corrida sem principio, nem fim.
Um ciclo perfeitamente imperfeito em todos os detalhes
Postado por Alisson C. Lisboa às 10:18:00 0 comentários
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O verdadeiro céu?
Como, com tantas pessoas diferentes e tantas formas diferentes de pensar, pode alguém se julgar "o único portador da verdade"?
Como as instituições de cunho religioso se acham no direito de professarem como se elas fossem a única forma de chegar à “Luz” e reconhecendo apenas a si como detentoras do conhecimento divino e suas representantes, excluindo e menosprezando as outras apenas por suas diferenças?
É aí que está: ao invés de buscarmos compreender os pontos que temos em comum, para chegarmos ao menos perto de ter uma idéia do verdadeiro milagre da divinação e da identidade de Deus, nos prendemos aos pensamentos mesquinhos e preconceituosos, que nos fazem olhar para as diferenças, para as coisas que julgamos serem inferiores às nossas. Aí nos colocamos no topo de um pilar de soberba e nos rotulamos de “corretos”.
"Vou tentar reproduzir, com minhas palavras, um conto que li em um livro (no momento não lembro qual)."
“Uma pessoa tinha um pequeno espelho especial. Esse espelho mostrava a quem olhava nele, uma pequena parte do céu. Certo dia esse espelho caiu no chão e quebrou, partindo-se em milhões de pedaços. O dono do espelho, sem saber o que fazer com os cacos, decidiu distribuir seus pedaços para todas as pessoas que encontrasse, afinal, um espelho tão especial não poderia ser jogado fora como lixo, e as pessoas mereciam conhecer o céu também, mesmo que apenas uma parte pequena. Assim ele o fez: distribuiu para todas as pessoas que encontrou. Aconteceu que todas as pessoas no mundo tinham agora um pedacinho do espelho que mostrava o céu, mostrando uma pequena parte diferente dele em cada um. O benfeitor, que havia distribuído os pedaços, ficou muito feliz porque havia compartilhado a coisa de mais preciosa que possuía.
Mas aconteceu que uma pessoa começou a achar que só o seu espelho era capaz de mostrar o céu verdadeiro, pois a parte do céu que estava refletindo no seu pedaço era diferente da de todas as outras. E nisso iniciou-se uma “reação em cadeia”, e todos estavam convictos de que apenas o seu espelho era capaz de refletir o céu. E tudo virou caos.”
Cabe a você agora “olhar” para cima e ao redor, e olhar também para dentro de si, e descobrir que o céu é muito maior que a parte que o pequeno pedaço do espelho que carrega com você pode lhe mostrar. E que mesmo que todos juntassem os cacos que possuem, apenas conseguiriam refletir uma pequena parte desse céu.
Postado por Alisson C. Lisboa às 14:27:00 1 comentários
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
O Caminho
"Não sei o porquê, mas me senti inspirado a escrever este texto. As palavras foram fluindo e como não acredito muito no acaso, espero que essas palavras cumpram sua missão..."
Caminhe em direção a luz. Mas caminhe de cabeça baixa e com os olhos voltados para o chão. Apenas desta forma conseguirás chegar a ela. Pois se assim não o fizer, sua visão será ofuscada por seu brilho e ficarás cego, desviar-se-á do seu caminho e tombarás, pois não mais enxergará onde pisas e nem o que tens em volta.
Cuida para que teu silêncio seja mais compreensível que tuas palavras. Dessa forma aprenderás a linguagem de todas as coisas e conversará com os anjos e com os demônios, com o vento, com os animais e com as plantas. Comunicar-se-á através da linguagem divina. A única capaz de traduzir um sentimento.
Cuida do teu corpo, pois ele é o transporte e a forma de manifestação do teu espírito neste plano. Cuida-o, mas sem vaidade. Pois o que deste plano é, neste plano permanecerá.
Aprende o máximo que puder, sobre as mais diversas coisas. Mas aprenda principalmente sobre ti. A verdade suprema encontra-se no interior de cada homem.
Entenda que também é parte da criação. E que, como parte da mesma, carrega em sí uma centelha da força divina; do criador. E, sabendo disso, conseguirá operar milagres.
Aprenderá que, para mudar o mundo à sua volta, basta apenas mudar a você mesmo. E que é perfeitamente normal duas pessoas olharem para a mesma coisa e a verem de formas completamente distintas.
Observa tuas ações e teus ócios em cada situação. Faz de tua vida um laboratório e de tí o objeto de estudo. Apare as arestas indesejadas e torne planas as tuas superfícies. Sê-te arte.
Arrisque-se. Irradie a vida. Defina metas e trajetos, mas não se prenda à rotina.
Renasça quantas vezes for necessário. Mas nunca esqueças quem és.
Respeite os mais velhos, mas saiba também que a sabedoria não vem como conseqüência inata da idade avançada. E que, como seres humanos, estamos todos sujeitos a erros.
Comunique-se com desconhecidos. Às vezes é da boca de um estranho que saem as palavras que você está precisando escutar.
Olhe-se no espelho antes de comentar sobre alguém. "Quando apontas um dedo para alguém, volta três para si."
Queira alguma coisa, não importa o que seja, mas queira com vontade.
Sorria! Seja feliz ao lado da pessoa que ama. E se esse amor não for correspondido, seja feliz por amar.
Viva o amor, distribua amor, seja amor. Atrairás aquilo que transmitires.
Nunca crie remorso por algo que fez ou deixou de fazer. Preocupe-se com o agora. O agora é o único lugar no tempo onde você é capaz de realizar ações. O resto é conseqüência.
Das coisas ruins que acontecerem, tire sempre uma lição.
Seja paciente, mas não passivo.
Não julgue. Nenhuma verdade é inteiramente verdadeira, da mesma forma que nada é totalmente falso.
Faz de ti o dono de tua própria vida.
Postado por Alisson C. Lisboa às 16:09:00 3 comentários